Foto: Nathália Schneider (Diário)
Após 16 dias com muitos livros e cultura no centro de Santa Maria, a 50ª edição da Feira do Livro chegou ao fim. Apesar disso, neste sábado (13), último dia do evento, o movimento ainda era intenso na Praça Saldanha Marinho. Além da venda e do lançamento de livros, o dia também foi marcado por música com orquestras (Pallotti e Teutônia) e intervenções culturais com o Teatro Por Que Não? e com a Cia. Armazém.
A criançada também pode brincar no espaço infantil, pintar o rosto e se divertir com os personagens que circulavam pelo local. O Teatro Por Que Não? estava com integrantes caracterizados da peça "O Circo do Mundinho Feliz". Já a Cia. Armazém realizou intervenções poéticas a partir da interação com o público.
Neste último dia, a busca por livros também era grande e a avaliação dessa edição já é considerada positiva pelas bancas.
- Esse ano foi um pouco atípico em função do tempo. A primeira semana choveu intensamente, precisávamos da chuva, mas ela caiu justamente na Feira do Livro. Essa segunda semana foi boa porque o tempo ajudou bastante, não estava muito quente e essa época de outono até é um convite para a leitura. Já participei de tantas feiras, não vejo tantas diferenças entre elas, mas o que mudou foi que a feira se tornou mais complexa em programação - relata Josmar Borges, 60 anos, proprietário da livraria e editora Anaterra.
A livraria e editora Anaterra estava com duas bancas na Feira do Livro, dentre a totalidade dos 32 espaços para a comercialização das obras literárias. De acordo com Borges, a Anaterra trabalha, mais especificamente, com livros acadêmicos e clássicos e, por edição, costuma vender cerca de 2 mil exemplares durante as duas semanas de feira.
Tradição entre santa-marienses
O passeio pela Feira do Livro já é tradicional para muitos santa-marienses. A estudante de fisioterapia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Sophia Fernandes, 21 anos, por exemplo, conta que desde criança sempre visita a praça em época de feira. Neste ano, ela estava em busca de livros para a faculdade, mas acabou levando um exemplar de ficção para ler nos momentos de folga dos estudos.
- Desde criança sempre li muito. Todos os anos tento ir à Feira do Livro. Quando eu era menor, saía daqui com minha mãe com sacolas cheias de livros. Esperávamos a feira para fazer essa grande compra. Sempre era perto do meu aniversário e da minha mãe, então, todo mundo ganhava presente na Feira do Livro. Tem muita opção para muita gente. Não achei exatamente o que estava procurando para a faculdade, por isso acabei não levando nada acadêmico, em específico, que é difícil achar. Tem bastante coisa para todo mundo aproveitar, é para todas as idades - conta Sophia.